A CEO da IBM, Ginni Rometty, declarou no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, há poucos dias, que “é preciso escolher habilidades, não diplomas”, na hora de contratar profissionais. A frase ganhou as manchetes de muitos veículos de comunicação, inclusive brasileiros, e me faz crer que estou no caminho certo. Explico o porquê. Nunca fez tanto sentido investir em uma marca pessoal, em si mesmo. Profissionais bem consolidados, que fazem a gestão do seu próprio branding, têm mais valor no mercado, são mais disputados. E a fala de Rometty endossa esse movimento ampliado pela era digital.
Neste cenário, não estou menosprezando a importância de uma graduação, de títulos, de experiências internacionais ou em grandes empresas, mas explanando que, seguindo essa tendência, esses fatores podem não ser mais os determinantes em um processo seletivo, por exemplo. Não endeusar um currículo pressupõe a abertura de um leque de possibilidades para o indivíduo. É o processo de humanização nas contratações, na rotina empresarial. E o fato é que o profissional que conhece bem as suas potencialidades sai na frente. Ele sabe como se apresentar e no que é bom.
Muitas empresas, principalmente startups, olham para os diplomas como pontos de referência, não como notas de corte. Essa política estimula adaptações, diversidade, conhecimentos múltiplos, contato mais aproximado com a vida real. São poucas as formações que realmente apontam para a necessidade do mercado.
Grandes empresas como o Google, a Apple, a Stone, o C6 Bank e PwC também são exemplos de companhias que apostam nas potencialidades humanas. Elas, além da titulação, consideram experiências práticas e soft skills na hora de preencher suas vagas.
O trâmite de certa maneira inusitado reforça a premissa da chamada “Era do Indivíduo” que estamos vivendo, na qual se valoriza a individualidade, a autenticidade e a personalidade dos profissionais. É a humanização nas contratações, a busca pelo diferencial.
Afinal, você é reconhecido pelo cargo que ocupa numa hierarquia ou por sua principal habilidade?
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