A percepção de que é preciso criar uma identidade pessoal empreendedora e agrupar suas principais virtudes e soft skills para gerir sua carreira nunca foi tão urgente, principalmente no Brasil. Projetar-se como uma marca (alguém dotado de expertises) é tendência irreversível da era digital. É o caminho para valorizar, econômica e socialmente, o seu trabalho.
Recentemente divulgada, a pesquisa “Economia do Mal-Estar – Novos Olhares Para uma Sociedade Cansada”, do Grupo Consumoteca, aponta que cerca de 57% dos brasileiros querem reinventar a própria carreira e 80% têm algum projeto que ainda não conseguiram tirar do papel. Estamos insatisfeitos com a vida (58%) e percebemos que não fazemos o que é preciso para sermos felizes (41%). Os indicadores brasileiros são os piores da América Latina.
Outro dado que evidencia esse momento é o aumento da procura por coaching, mercado que cresceu 300% nos últimos anos. Apenas o Instituto Brasileiro de Coaching (IBC) formou 17 mil pessoas em 2019. Estimativas acadêmicas também indicam que muitas das principais profissões do futuro sequer foram criadas ainda. Ou seja, há espaço e angústia para crescer rápido.
Isso porque as pessoas querem mudar de vida, inovar, gerir sua carreira, participar desse processo de revolução tecnológica e comportamental. Hoje, o modelo não é mais linear (estudar-trabalhar-adquirir bens-aposentar) porque a contemporaneidade pressupõe esforço constante, atualização diária e profissionais comprometidos não apenas com a empresa em que trabalham, mas com linexpertises pessoais que possam ser efetivamente aplicadas para atingir patamares mais ousados em mercados cada vez mais competitivos.
Gerir sua carreira criando sua Marca Pessoal
O segredo é conhecer o comportamento da sua mente, do seu corpo e do mundo. Projetar novos lugares para seu potencial, mas ao mesmo tempo entender os obstáculos. Temos que nos entender como marcas pessoais dotadas de capacidades, mas que também exigem adaptação e estudo.
Este é o caminho do branding pessoal: conhecer a si mesmo de forma a se compreender como um profissional além da sua empresa ou profissão atual, para gerir sua carreira com inteligência. Suas principais skills e pontos fortes são parte do seu nome, não do seu cargo. E dessa forma, uma possível transição de carreira – quem sabe para uma profissão que sequer existe hoje em dia – será muito mais tranquila, ainda que sempre desafiadora.
O mercado de trabalho depende menos da sua capacidade produtiva em uma função cotidiana e muito mais de trabalho em equipe, empatia e autoconhecimento do seu potencial. É como conseguiremos diminuir um pouco esses números alarmantes.
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